Campo Grande (MS) – Para complementar o aprendizado teórico já realizado em relação ao combate eficaz de escorpiões nas unidades prisionais da Capital, os agentes penitenciários aprenderam na prática como utilizar corretamente os produtos químicos e a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O treinamento foi realizado por profissionais da Coordenadoria de Controle de Zoonoses e Bem-Estar Animal (CCZ) no Centro de Triagem Anízio Lima, nessa terça-feira (15.5).
A ação faz parte da parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da Diretoria de Administração e Finanças, e a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) e integra o Programa de Controle de Escorpiões no Complexo Prisional de Campo Grande.
O treinamento consistiu na demonstração do uso do produto químico líquido e em pó, a forma correta de diluição, como deve ser utilizado nas frestas, caixas de esgoto, ralos, pias e outros locais apropriados. Além disso, foram feitas orientações sobre os cuidados com o manuseio do produto, as consequências do uso constante de inseticidas e dicas de como realizar barreiras físicas para prevenir a proliferação de animais indesejáveis.
Segundo a médica veterinária, Juliana Resende Araújo, os inseticidas demoram cerca de 40 minutos para começar a fazer efeito no ambiente. “Após pulverizar o produto é necessário aguardar, no mínimo, 6 horas para entrar novamente no local e o principal é fazer a desinsetização sempre de dentro para fora”, explicou afirmando que o veneno também é eficaz no combate a baratas, que é um dos alimentos do escorpião.
Para o diretor do Centro de Triagem, Alírio Francisco do Carmo, a intenção é utilizar as técnicas demonstradas na desinsetização de toda a unidade, inclusive nas celas. “Acredito que em um mês vamos alcançar esse objetivo, primando sempre pela segurança e saúde tanto dos internos quanto dos servidores”, destacou.
Participaram do treinamento chefes de setores e diretores de unidades penais da Capital, além de militares do Corpo de Bombeiros que também estão sendo capacitados no combate e assistência às vítimas de picadas de escorpião.
Conforme o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, após as instruções oferecidas, os representantes de cada unidade penal farão as devidas orientações para efetivar as ações de desinsetização e medidas preventivas no combate de insetos e escorpiões nos respectivos presídios de Campo Grande. “O objetivo é evitar acidentes com esses animais e priorizar o bem-estar dos servidores e custodiados”, destacou o dirigente.
Texto e Fotos: Tatyane Santinoni – Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)