Campo Grande (MS) – Com objetivo de conhecer as instalações e o trabalho realizado pela Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC/Centro), o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, e o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas Lopes, realizaram nesta quarta-feira (5) uma visita técnica a unidade que está no cronograma de reformas do projeto “Mãos que Constroem”, que utiliza mão de obra de presos para revitalizar os prédios da Sejusp.
Conforme o secretário José Carlos Barbosa, esse projeto além de gerar economia de recursos aos cofres públicos também contribui com a ressocialização e diminuição da pena dos detentos. Exemplo é a reforma da 4ª Delegacia de Polícia Civil, inaugurada no mês de maio, que se fosse pelos trâmites normais à obra ainda estaria em andamento. “Estamos dando continuidade nesse projeto, que valoriza o trabalho do ser humano e garante que o cidadão, que um dia se desviou na vida, possa se sentir seguro e valorizado para buscar alternativas para uma vida regrada quando cumprir a sua pena”, pontuou o secretário.
O delegado-geral da Polícia Civil enfatizou que durante o processo de reforma, os atendimentos serão realizados no prédio da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, situada na Avenida Monte Castelo, 464, no bairro Monte Castelo, nas proximidades da Avenida Mascarenhas de Moraes.
Acompanharam também a visita o coordenador no Departamento de Polícia da Capital, o delegado Marco Túlio Sampaio Rosa, e o delegado-adjunto da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC), João Eduardo Davanço.
Mãos que Constroem
O projeto “Mãos que Constroem” foi lançado segundo semestre do ano de 2016, e é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública em parceria com o Conselho da Comunidade de Campo Grande e o Poder Judiciário.
Diferente do modelo adotado para a reforma dos prédios escolares – onde todo o trabalho é custeado com recursos do fundo arrecadado pelo desconto de 10% do salário de cada preso da Capital que trabalha em convênios firmados com o poder público ou iniciativa privada – no projeto “Mãos que Constroem”, o Governo do Estado conta apenas com a utilização da mão de obra prisional, autorizada pela 2ª Vara de Execução Penal.
Além de recuperar os prédios públicos, a ação também contribuirá com a ressocialização e diminuição da pena. Por esse convênio os trabalhos são executados em menor tempo. Uma obra que seguindo o cronograma demoraria em média oito meses, já por meio do projeto ela é executada em, no máximo, quatro meses.
Ao final de cada reforma o reeducando recebe uma carta de recomendação atestando sua eficiência no trabalho, com um pequeno descritivo das atividades por ele desenvolvidas, objetivando a reinserção no mercado.
Reportagem Regiane Ribeiro Assecom/Sejusp