Governador de Mato Grosso do Sul explica que prioridade é salvar vidas
Campo Grande (MS) – No mesmo dia em que anunciou a prorrogação da suspensão das aulas (01.04), o governador Reinaldo Azambuja reforçou a importância de manter o isolamento social para combater a proliferação do vírus e evitar um colapso no sistema de saúde.
O Governo do Estado prevê prejuízo de até R$ 1,5 bilhão para os cofres públicos de Mato Grosso do Sul, mas Reinaldo Azambuja ponderou que a prioridade maior é salvar vidas. “Prejuízos todo mundo está tendo: a dona de casa, o trabalhador, o empregador, o empresário, o industrial, os governos. Prejuízos a gente repõe, agora vida você não repõe. Precisa ter consciência das ações que estão sendo tomadas pelos governos”, afirmou Reinaldo Azambuja, em entrevista à CBN Campo Grande.
Reinaldo Azambuja avaliou que, por enquanto, os números de casos estão controlados no Estado, mas disse faltar consciência de algumas pessoas e não descartou o risco de colapso do sistema de saúde. “Ontem mesmo eu vi uma movimentação muito maior de pessoas circulando. Isso é ruim porque, não tenha dúvida, vai circular mais o vírus e vai contaminar mais. O Governo do Estado está fazendo o seu dever de casa: contratando leitos na rede privada, ampliando novos leitos na rede pública, fazendo parceria com prefeituras para ampliar leitos, agora se tiver um volume muito grande de pessoas contaminadas ao mesmo tempo que necessitem de internação, nós vamos ter dificuldade”, disse.
O governador lembrou ter países de primeiro mundo – como Itália, Espanha e Estados Unidos – enfrentando dificuldades para conter a pandemia e atender os pacientes e que a cidade de Nova Iorque vive “praticamente um colapso” porque tem muitas pessoas contaminadas ao mesmo tempo.
Ainda na entrevista, feita por telefone, Reinaldo Azambuja anunciou que as aulas presenciais na Rede Estadual de Ensino seguirão suspensas até o dia 3 de maio. A medida vale para todas as 352 unidades escolares dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul e é mais uma das medidas adotadas para reduzir a aglomeração de pessoas e controlar o avanço da Covid-19, doença causada pelo novo cronavírus.
Paulo Fernandes – Subsecretaria de Comunicação