Campo Grande (MS) – O Comandante da Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul (PMA) realizará nesta sexta-feira (11), às 15h, a promoção do Florestinha Brennon de Souza QUINTINO, ao Posto de Oficial Coronel Florestinha. Essa será a primeira vez que um participante do Projeto atinge a este Posto em 23 anos.
O Projeto Florestinha foi criado em 23 de novembro de 1992, e inicialmente, apesar de as crianças e adolescentes usarem fardamento, não se instituíam as promoções, embora em determinados momentos até havia promoções, porém, sem regulamentação. Em 2009, foi escrito o Regulamento de Promoções do Projeto, o qual foi aprovado pelo Comando Geral da Polícia Militar de Mato grosso do Sul (PMMS), juntamente com o Estatuto do Florestinha, o qual aprova ainda o regulamento de insígnias e de uniforme.
A promoção é instituída por merecimento e antiguidade, seguindo-se os interstícios entre cada graduação (Praças), ou posto (Oficiais). Para ser promovido, principalmente por merecimento, a comissão avalia o comportamento no Projeto, na escola e em casa. Como as crianças e adolescentes ficam no Projeto entre os 7 a 16 anos, dependendo da idade de ingresso, ou o comportamento, dificilmente chegarão ao posto de Coronel. O Posto máximo que outros chegaram havia sido o de Major.
Embora para os participantes a promoção seja simbólica, há uma mudança comportamental pelos participantes para atingi-la, pois eles passam a comandar seus pelotões, visto que o Projeto tem como base a disciplina e a hierarquia. Eles melhoram o comportamento em casa, na escola e no Projeto e, por essa razão, os pais de crianças carentes e até diretores de escolas procuram o Projeto para incluir participantes, exatamente por verificarem essa mudança comportamental, conforme afirmam ao procurar a vaga. Os diretores de escolas afirmam que gostariam que os alunos fossem comportados como os participantes do Projeto. O problema é que não há como absorver nem 30% da demanda.
Com relação ao adolescente que será promovido amanhã, ele participa há cinco anos do Projeto e atualmente é coordenador dos grupos de Educação Ambiental, visto que o Florestinha atende em média 8.000 alunos de escolas públicas e privadas anualmente, nesse tipo de trabalho. O adolescente também, que completou 16 anos terá que deixar o Projeto, porém, está sendo encaminhado para o mercado de trabalho como aprendiz. Isso ocorreu com um Major Florestinha, que desde o dia 1 de setembro está trabalhando no Tribunal de Contas do Estado.
O trabalho de Educação Ambiental é executado, em forma de oficinas temáticas, tais como:
1 – Reciclagem de papel, com palestra sobre os problemas relacionados aos resíduos sólidos.
2 – Visitação ao museu de animais e peixes empalhados, com palestra sobre fauna, pesca, atropelamentos de animais silvestres, tráficos, etc.
3 – Apresentação do teatro de fantoches, com peças sobre as questões ambientais, como: águas, desmatamentos, incêndios florestais e resíduos sólidos etc.
4 – Palestra Geral – palestra executada por um Florestinha para a sensibilização dos estudantes sobre os vários temas ambientais, de forma que os alunos entendam que o ambiente é um complexo e que afetar o seu equilíbrio gera problema de qualidade de vida, tendo em vista que tudo que usamos, comemos, bebemos, respiramos vem do ambiente.
Além das oficinas e palestras, foram realizadas discussões de vários temas ambientais entre os alunos e as crianças do Projeto Florestinha, supervisionadas pelos Policiais Militares Ambientais.
O projeto atende aos alunos em escolas da Capital, visitando-as e recebendo-as no Centro de Educação Ambiental do Projeto (CEA/FLORESTINHA), localizado no Parque Cônsul Assaf Trad, na Capital, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), e além disso, as crianças e adolescentes realizam e continuarão a realizar este tipo de trabalho preventivo em cidades do Interior. Em 2013 foram atendidos 11.913 e em 2014 foram atendidos 7.870 alunos da Capital e Interior.
PMA