Campo Grande (MS) – O Projeto Reação, Integração e Cidadania, desenvolvido em Mato Grosso do Sul pela Polícia Militar, com foco no combate à violência e ao uso de drogas nas escolas, está sendo apresentado à comunidade na Caravana da Saúde, que acontece no Pavilhão Albano Franco, em Campo Grande.
Criado há 5 anos, o projeto que funciona atualmente na Escola Estadual Armando de Oliveira, no bairro Piratininga, atende mais de 90 crianças e adolescentes que antes estavam em situação de vulnerabilidade social, ensinando valores e disciplina por meio do esporte. As aulas de Jiu-Jitsu são ministradas pelo cabo Robson Franco, no contra turno escolar.
O projeto mudou a vida do Jonathan Araújo, 12 anos. Apaixonado por artes marciais, o estudante viu no Reação uma grande oportunidade, mas o que fez a grande diferença foi a disciplina, segundo o garoto que admite que era “danado”. “Entrei no projeto há 2 anos e graças aos ensinamentos recebidos melhorei meu comportamento na escola e minhas notas que antes não passavam de 5, subiram para 7 e 8”, comemora.
Quem também viu grandes mudanças para melhor foi a aposentada Maria Queiroz, que há 5 anos matriculou a neta Ruth Andrade, de 15 anos, no Projeto Reação. “Eles são rígidos e exigem bastante dos jovens, hoje o comportamento da minha neta é bem melhor, além disso indo bem na escola ela vai ter mais oportunidades no futuro”, assegura a avó.
De acordo com o coordenador Robson Franco, o Projeto Reação nasceu com objetivo de atender apenas aquelas crianças consideradas problemáticas, com mau comportamento em casa e na escola, onde consequentemente o desempenho era ruim, mas hoje, essa realidade mudou bastante. “Hoje nós atendemos não apenas os alunos da escola, mas também todos aqueles jovens e adolescentes da comunidade que tenham interesse em melhorar a disciplina por meio do esporte”, esclarece.
Segundo o cabo Franco, através de uma parceria com o Poder Judiciário, o Projeto Reação está sendo implantado em Paranaíba e o objetivo é abranger também os municípios de Guia Lopes da Laguna e Jardim. “No interior há uma grande demanda por esse tipo de projeto, para atender os filhos daqueles pais que trabalham e não tem onde deixá-los”, finaliza.
Fotos: Jéssica Barbosa