Em um importante passo para fortalecer a rede de proteção às vítimas de crimes violentos, o Governo de Mato Grosso do Sul deu início à interiorização do Projeto Acolhida. A iniciativa, que já vinha sendo implementada em Campo Grande, começou a ganhar corpo na quarta-feira (6/11) em Dourados, primeiro município do interior do estado que oferecerá esse serviço. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Ministério Público Estadual e diversos outros órgãos parceiros.
O Projeto Acolhida tem como objetivo principal oferecer suporte integral aos familiares de vítimas de feminicídios, homicídios dolosos e latrocínios. A partir de agora, esses entes queridos de Dourados e região terão acesso a uma rede de atendimento integrada, que inclui serviços de saúde, acompanhamento psicológico, auxílio funeral, inclusão em programas sociais e outras demandas, como previdenciárias e de inventário, por exemplo.
Para alinhar as ações a serem realizadas em Dourados nessa primeira etapa de implantação do Projeto Acolhida, focais da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Guarda Municipal participaram de uma reunião, onde explicaram aos órgãos parceiros, como Ministério Público Estadual e Secretarias Estadual e Municipal de Educação, o tipo de serviço prestado por cada instituição de segurança.
Para o delegado Tiago Macedo, superintendente de Segurança Pública da Sejusp, a implantação do projeto na região sul do estado representa um avanço significativo na área da segurança pública, pois “garante que os familiares das vítimas recebam o apoio necessário em um momento de grande vulnerabilidade”.
Como funciona o projeto
Em Campo Grande, o Projeto Acolhida já vem sendo realizado por meio dos órgãos da segurança pública desde o ano passado, com resultados positivos. Os familiares das vítimas são informados sobre os serviços disponíveis logo após a ocorrência do crime e são encaminhados para atendimento especializado. Em Dourados, a expectativa é que todas as unidades de segurança pública estejam preparadas para oferecer esse serviço de forma plena até o final de 2025, ano em que as reuniões de acompanhamento da iniciativa serão bimestrais.
“A força do Projeto Acolhida está na integração entre os diversos órgãos públicos envolvidos. Ao reunir representantes da segurança pública, saúde, educação e assistência social, o projeto garante que as necessidades dos familiares das vítimas sejam atendidas de forma completa e eficiente”, garante Macedo.
Considerado um projeto inovador, o Acolhida busca incluir essas pessoas em situação de hipervulnerabilidade por meio dos serviços prestados pelo poder público, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, fazendo frente a um dos principais eixos do Governo do Estado, que é a inclusão das pessoas.
Joelma Belchior – Sejusp/MS