Campo Grande (MS) – Parceria da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) com uma empresa de artefatos em couros leva trabalho digno e remunerado a reeducandos do Centro de Triagem “Anísio Lima” (CT), na Capital.
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Na unidade, os custodiados já estão produzindo correias para abas de chapéus e, em breve, irão atuar também na confecção de copos e cantis, dentre outros materiais.
Inicialmente, quatro reeducandos trabalham na oficina, mas a intenção é que, pelo menos, 20 internos sejam aproveitados. Pelo trabalho, cada detento recebe o valor equivalente a ¾ do salário mínimo vigente, o que atualmente corresponde a R$ 660,00, além de um dia de remição na pena a cada três de serviços prestados, conforme estabelece a Lei de Execução Penal.
A parceria foi firmada com a empresa Folhas do Pantanal, da cidade de Rio Verde, após contato feito pela direção e servidores da unidade prisional com os empresários. Para estabelecimento do termo de cooperação mútua, uma reunião foi realizada entre os proprietários da empresa, o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, o diretor de Assistência Penitenciária, Gilson Martins, o chefe da Divisão de Trabalho da Agepen, Rossandro Ramalho e o diretor do CT, Alírio Francisco do Carmo, com a participação da agente penitenciária Ângela do Carmo, que ajudou a intermediar o contato com a empresa.
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De acordo com o diretor do Centro de Triagem, a parceria representa um marco para a unidade prisional, já que é a primeira oficina instituída no local por meio de parceria com empresas. Segundo ele, está sendo construído no local um espaço próprio para a instalação de oficinas, o que foi possível graças à readequação na estrutura de segurança do presídio. “Com isso, poderemos ampliar os trabalhos dentro desta parceria, bem como propiciar o estabelecimento de novos convênios, aumentando as oportunidades de trabalho aos custodiados”, ressalta Francisco.
Conforme o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, estimular a implantação de frentes de trabalho em todas as unidades do Estado é uma necessidade e um objetivo permanente da instituição. “Quanto mais internos estiverem trabalhando, melhor para o sistema prisional e para a sociedade, porque isso aumenta as chances de ressocialização e devolve pessoas melhores à sociedade”, afirma Stropa.
Em Mato Grosso do Sul, são 162 parcerias da Agepen, com instituições públicas e privadas, que possibilitam a ocupação de mão de obra prisional, conforme destaca o diretor de Assistência Penitenciária da instituição, Gilson de Assis Martins. “Temos, atualmente, quase 40% de nossos custodiados trabalhando, sendo mais da metade em atividades remuneradas, graças a parcerias como essa com a empresa Folhas do Pantanal”, finaliza.