Dourados (MS) – Reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino de Regimes Semiaberto, Aberto e de Assistência às Albergadas de Dourados (EPFRSAA-D) iniciaram esta semana o cultivo de orquídeas. Além de enfeitar e proporcionar um ambiente mais harmonioso ao presídio, as flores também irão representar geração de renda para as custodiadas, já que as mudas serão comercializadas nas feiras da Economia Solidária da cidade.
De acordo com a diretora da unidade penal, Luzia Aparecida Ferreira, o trabalho complementa as atividades já desenvolvidas na horta do estabelecimento prisional, onde também são cultivadas hortaliças e legumes diversos como couve, alface, coentro, cebolinha, salsinha, rúcula, cenoura e beterraba, além de plantas medicinais. Até o momento, 72 mudas de orquídeas foram cultivadas.
Atualmente, 14 custodiadas atuam na produção das flores. Elas foram qualificadas pelo Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar), através de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Sindicato Rural e Prefeitura de Dourados. O curso teve duração de 16 horas aulas e foi ministrado pelo professor Sergio Ostetto.
Para o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a iniciativa desenvolvida no semiaberto feminino de Dourados “é mais uma demonstração de que as parcerias são determinantes para que a ressocialização e a diminuição do índice de reincidência criminal sejam uma realidade nas unidades prisionais da autarquia espalhadas pelo Estado”.
Além do trabalho de plantio e cultivo na horta implantada com o apoio do Conselho da Comunidade, Poder Judiciário e Ministério Público de Dourados, as internas que não saem da unidade prisional para trabalhar têm uma rotina diária de aprendizado e produção de peças artesanais.
No presídio feminino, as reeducandas confeccionam desde enfeites de mesa, bonecas e “porta-trecos” a esculturas e telas pintadas a óleo. Também são várias as técnicas empregadas, entre elas o mosaico, o crochê, a modelagem em E.V.A. e a decupagem em caixaria.
As peças são vendidas no próprio presídio e também são expostas em feiras culturais em diversos locais, como Fórum, universidades, shopping etc. A próxima feira já programada para abril.