Campo Grande (MS) – O serviço reservado de inteligência da Polícia Militar identificou nesta quarta-feira (6), por volta de 15 horas, ações suspeitas de dois integrantes da corporação, um cabo de 44 anos e um soldado de 26 anos, que passaram a ser monitorados, na saída para Rochedo, em Campo Grande.
Ficou constatado pela inteligência a abordagem pelos policiais, de três suspeitos, supostamente traficantes que seguiam de Corumbá para Campo Grande, sendo que um deles foi “liberado” e um casal, mantido com os acusados, até por volta de 21 horas, quando diante de fortes indícios de extorsão qualificada pelo concurso de pessoas e uso de arma de fogo, equipes da Polícia Militar efetuaram as prisões dos próprios integrantes da corporação.
De acordo com o Comandante-Geral, coronel Deusdete Souza Oliveira Filho, este é um fato isolado na Polícia Militar que depõe contra aqueles bons policiais, que com esmero, retidão e dedicação trabalham diuturnamente em prol da sociedade sul-mato-grossense.
Cortando da própria carne
“É algo que denigre não apenas a imagem da instituição, mas principalmente dos bons policiais, por isso estamos cortando a própria carne, a inteligência agiu com eficiência e a própria Polícia Militar prendeu os acusados, que foram autuados em flagrante pela Polícia Civil e vão responder na Justiça Comum por extorsão qualificada, em paralelo também instauramos procedimento na Justiça Militar e na esfera administrativa para apurar os fatos”, explica o comandante geral.
Com os policiais presos as equipes da Polícia Militar apreenderam 228 munições, sendo 118 de calibre .40, 100 de calibre 22 e 10 balotes de calibre 36, além de cinco armas, sendo duas pistolas da carga da PM e três espingardas, ainda sem origem comprovada. Segundo o Coronel Deusdete, as diligências continuam em busca de provas e da apuração de toda a verdade sobre os fatos.