Campo Grande (MS) – Como parte das atividades da I Semana Estadual Antidrogas de Mato Grosso do Sul, a Polícia Civil realizou na manhã desta terça-feira (21), por meio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), a maior incineração de drogas da história da segurança pública de Mato Grosso do Sul. Foram destruídas 83 toneladas de entorpecentes, dos quais 80,9 toneladas de maconha e 2,11 toneladas de cocaína. As drogas foram apreendidas pelas polícias do Estado nos últimos 12 meses, em 30 municípios. A queima de drogas realizada hoje foi acompanhada pelo governador Reinaldo Azambuja.
Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram um crescimento gradual nas apreensões de drogas nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o total de entorpecentes tirados de circulação no Estado saltou de 15,6 toneladas em 2007, para 229,1 em 2014 e 280,3 toneladas em 2015. De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, as ações de combate ao tráfico foram intensificadas e a meta neste ano é atingir 300 toneladas em apreensões, uma vez que, só nos primeiros cinco meses deste ano já foram tiradas de circulação 135,5 toneladas de drogas, contra 128,3 toneladas apreendidas no mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento de 5,6%.
“Essa incineração recorde é um resultado bastante positivo do trabalho de combate ao narcotráfico que tem sido desenvolvido no Estado, principalmente por ser considerado um duro golpe ao crime organizado, pois essa droga está avaliada em R$ 66 milhões”, enfatizou o delegado geral.
Já o secretario de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, classificou o sucesso do ato desta terça-feira ao trabalho integrado que vem sendo desenvolvido por todas as forças de segurança de Mato Grosso do Sul, as polícias Militar, Civil e Rodoviária Estadual, além do Departamento de Operação de Fronteiras (DOF), forças federais e em muitos municípios o apoio da Guarda Municipal. “O nosso objetivo é chamar atenção não só no âmbito estadual, ressaltando o trabalho das nossas polícias, mas ao mesmo tempo chamar a atenção do Governo Federal para necessidade da elaboração de um plano nacional de segurança que envolva os estados fronteiriços”, destacou Barbosa.
O dirigente da pasta também falou da reunião que teve no início desse mês ministro de Estado da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, onde teve a oportunidade de cobrar a elaboração desse plano nacional, além de ressaltar a eficiência das forças policiais que transformou Mato Grosso do Sul no Estado que mais apreende drogas. “Os entorpecentes apreendidos no Estado praticamente na sua totalidade são destinados aos grandes centros, nós ficamos com a herança dos inquéritos policiais e com os presos. Existem atualmente mais de seis mil presos por tráfico nos presídios estaduais, que custam aos cofres mais de R$ 20 milhões mensalmente.”, relatou o secretário.
O ato foi realizado no Frigorífico JBS, que fica na BR-060, saída para Sidrolândia, e contou com a participação do secretário adjunto, delegado Antônio Carlos Videira, do superintendente de Segurança Pública, coronel Deusdete Oliveira, deputado estadual Coronel David, do delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Edgard Júdice Teixeira, além de demais autoridades estaduais e federais.
MS Mais Seguro
Durante o seu discurso o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, também lembrou do programa lançado pelo Governo do Estado no último dia 14, o “MS Mais Seguro”, que garante o emprego de mais de R$ 96 milhões para a estruturação do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar. O programa prevê reforma de prédios, compra de viaturas, equipamentos e armamentos até o ano de 2018. O “MS Mais Seguro” é um dos maiores projetos de investimentos em segurança da história do Estado e atende uma das principais necessidades da população sul-mato-grossense.
“Esse pacote representa uma policia mais motivada para cumprir o seu papel de guarnecer o Estado e proteger as nossas fronteiras, cumprindo a missão que é de levar paz, tranquilidade e, sobretudo de apreensões de drogas materializada no ato de incineração de mais de 83 toneladas de entorpecentes”, finalizou o secretário José Carlos Barbosa.