Durante a Operação Dark Money, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (22), por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), foram presos seis suspeitos de envolvimento com um esquema de corrupção em Maracaju.
Conforme o Dracco também foram apreendidos R$ 252 mil, sendo R$ 109 mil em cheques e R$ 143 mil em espécie, 10 veículos, armas de fogo e munições de diversos calibres, barco, eletrônicos, smartphones, computadores e documentos.
Com mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça, os presos na operação foram submetidos a exames de corpo de delito e passaram por audiência de custódia, sendo em seguida encaminhados para carceragens de unidades policiais de Campo Grande.
Conforme a diretora do Dracco, delegada Ana Cláudia Medina, que coordenou a operação, as prisões resultam de investigação que apurou um esquema criminoso que em 2019/2020 desviou mais de R$ 23 milhões dos cofres públicos de Maracaju.
O alvo da Dark Money foram servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal no exercício de 2019/2020, bem como, empresários e empresas com envolvimento no esquema.
A Polícia Civil chegou até o grupo por meio de investigações realizadas pelo Dracco, com suporte técnico do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), que constataram a criação de uma conta bancária de fachada, por onde foram realizados mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano.
Conforme o Dracco, os pagamentos eram feitos para falsos prestadores de serviços jurídicos, que integravam o alto escalão da prefeitura e que emitiram mais de 600 lâminas de cheques, perfazendo repasses de mais de R$ 23 milhões às empresas de fachada, sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos.
Dark Money
A expressão Dark Money é uma alusão à natureza do dinheiro, fruto da corrupção sistêmica que atinge setores públicos e perpetrada por seus gestores.
Com o objetivo de desmantelar o esquema criminoso de desvio de verbas públicas, foram cumpridos mandados de busca e apreensões e de prisões nos municípios de Maracaju, Corumbá, Ponta Porã, Campo Grande e Umuarama, no Paraná. Participam da operação 60 policiais civis de Mato Grosso do Sul e do Paraná.
Coordenada pelo Dracco, a operação contou com a participação de diversas outras delegacias do estado e também do Paraná, dentre elas Paraíso das Águas, Naviraí, Nova Andradina, Nova Alvorada, Corumbá, Ponta Porã, Nova Alvorada do Sul, Itaporã, Rio Brilhante, mundo novo e Maracaju, 1°, 2° e 3° DP de Campo Grande, Grupo de Operações e Investigações (GOI), Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos (DERF), Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DEFURV), Departamento de Inteligência Policiail (DIP) e Grupo de Diligências Especiais (GDE) da Polícia Civil do Paraná.
Texto: Keila Flores e Carlos Eduardo – Assecom/PCMS