Campo Grande (MS) – Como parte das ações de combate à proliferação da Covid-19, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) recebeu 2,1 mil testes rápidos para detecção de anticorpos contra o novo coronavírus e diagnóstico precoce da doença, em caso de suspeita no ambiente carcerário de Mato Grosso do Sul.
Ao todo, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) doou 1,9 mil testes rápidos e a Secretaria de Saúde de Campo Grande (Sesau) distribuiu mais dez caixas, com 20 unidades cada.
A iniciativa tem como objetivo detectar efetivamente o novo coronavírus, para propor medida relacionada à prevenção e rastreamento da infecção, além de fornecer alternativa eficaz para a triagem inicial e testagem em massa, quando necessário.
O teste rápido pode ser realizado com amostras de sangue total, soro ou plasma e seu resultado sai em aproximadamente 10 minutos. A possibilidade de infecção, no entanto, não pode ser descartada por um resultado negativo. Isso porque a produção de anticorpos, no início da doença, pode não ter sido detectada pelo TR, ocasionando o falso negativo. Em casos assim, sugere-se a repetição do teste, para a confirmação, ou não, da ausência da infecção.
Dentre as unidades do estado que receberam os testes rápidos está o Módulo de Saúde do Complexo Penitenciário, responsável pela triagem de novos custodiados e atendimento de casos suspeitos entre internos de Campo Grande.
Conforme a chefe da Divisão de Saúde da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, os insumos foram distribuídos gradualmente, conforme a necessidade e a demanda apresentada de cada unidade prisional do estado.
De acordo com nota técnica elaborada pelo Depen, a recomendação é testar pessoas privadas de liberdade e servidores do sistema penitenciário que apresentem sintomas por mais de sete dias. A doação integra a distribuição de 87 mil kits de testes rápidos a todos os Estados da Federação, de forma a complementar os itens já disponibilizados pela rede pública de saúde.
O tempo de incubação do vírus é um fator crucial para a eficácia da testagem, uma vez que pessoas com a doença, mas que ainda não tenham manifestado sintomas, podem ser infectadas por pessoas que estejam no período assintomático da doença.
Além dos testes rápidos, a Agepen também já recebeu diversos materiais de proteção individual, higiene e insumos de combate ao novo coronavírus.
Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, a união de esforços e o apoio recebido de instituições municipais, estaduais e federais têm possibilitado um controle eficiente do coronavírus no sistema prisional de Mato Grosso do Sul. “As diversas iniciativas dentro das unidades penais somadas às parcerias firmadas e o empenho dos servidores contribuem para a não incidência da Covid-19 entre os apenados”, ressaltou.
Tatyane Santinoni e Keila Oliveira