Campo Grande (MS) – Segundo levantamento final da Operação Cronos II, que foi desencadeada desta terça-feira (28.5), 28 autores foram presos pelo crime de homicídio, um pelo crime de feminicídio e um adolescente apreendido. A operação coordenada pelo Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC), contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi).
Em Mato Grosso do Sul a Polícia Civil destacou que só existia um mandado de prisão pelo crime de feminicídio em aberto, justamente porque todos os outros autores já estavam presos. “O Estado possui uma das maiores médias quando se trata da resolução de crimes contra a vida, superando números de países de primeiro mundo. O que coloca a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul como uma das mais efetivas instituições do País. Atuamos de forma incansável quando nos deparamos com este tipo de ação criminosa, pois o principal foco da instituição é a preservação da vida, que não é algo que possa ser recuperado depois do crime ocorrido”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas.
O nome Operação Cronos II é uma referência à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime. Ao mesmo tempo, com a prisão dos autores de homicídio e feminicídio, espera-se o impedimento da prática de novos crimes.
Primeira Fase
Deflagrada em agosto de 2018, a primeira fase da Operação Cronos resultou na prisão de mais de 2,6 mil pessoas em todo o país. Além disso, foram apreendidos 341 adolescentes. Segundo o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil divulgou à época, 42 pessoas foram presas por feminicídio; 404 por homicídio; 289 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha; 640 foram autuadas em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e outros crimes; e outras 1.252 pessoas foram detidas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.
Durante a primeira fase, foram apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 quilos de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack. Mais de 7,8 mil policiais civis de todo o país participaram das ações.