Campo Grande (MS) – A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) divulga nesta quarta-feira (26.2), balanço da Operação Carnaval 2020. A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informa que houve redução de 30% em casos envolvendo acidentes de trânsito com vítimas no Estado. O resultado positivo ocorreu após a intensificação das fiscalizações da Lei Seca e com apoio do Departamento de Estado de Trânsito (Detran/MS). Conforme levantamento da PM, em 2019, foram registrados 75 casos de acidentes com vítimas.
Neste ano, com o reforço das fiscalizações, 53 casos foram registrados, promovendo uma redução de 30%. Para o Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Waldir Ribeiro Acosta, os índices foram satisfatórios. “Isso é muito importante. Quando o policial faz a blitz ou bloqueio, costumo dizer que nós fazemos o serviço de clínico geral. Tudo que está de anormal naquele veículo a gente observa. Tivemos ocorrências em que pessoas foram presas por estarem com mandado de prisão em aberto. Tivemos armas de fogo apreendidas, além de veículos recuperados de roubo ou furto. Nós intensificamos essas operações buscando reduzir os acidentes. Assim, retiramos aquelas pessoas das vias que não estavam em condições de dirigir e evitamos que novos acidentes ocorressem”.
Segundo dados do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran) de Campo Grande, dos 790 testes de etilômetro (bafômetro), 196 casos foram positivos para notificações de alcoolemia, dos quais 22 resultou em prisão em flagrantes por embriaguez. E mais 567 autos de infração sendo 48 condutores autuados por não possuir habitação, 22 por não possuir documento do veículo e mais 155 habilitações (CNHs) recolhidas. Além disso, 45 carros e 35 motocicletas foram encaminhadas ao pátio do Detran/MS.
Reforço
O Coronel Waldir Ribeiro ainda lembrou que houve aumento de efetivo nos municípios que solicitaram reforço. Os policiais foram distribuídos nas cidades de Corumbá, Bonito, Costa Rica, Jardim e Porto Murtinho. Em Campo Grande, os policiais operaram em regime de plantão ordinário com escala normal e nos três pontos de maior concentração receberam reforço: Praça do Papa, Avenida Fernando Corrêa da Costa e Esplanada Ferroviária.
Durante a Operação Carnaval, a PM abordou 15.870 pessoas, 23 pessoas presas por estarem com mandado de prisão em aberto e 282 pessoas foram conduzidas à delegacia. A PM ainda abordou 9.574 veículos, dos quais 124 veículos foram apreendidos, 102 encaminhados ao Detran/MS. Além disso, 14 armas foram apreendidas. Quanto às notificações, 26 foram ambientais e 1.001 no trânsito. A polícia ainda apreendeu 47,709 quilos de drogas e mais 2.406 pacotes de cigarro.
Polícia Civil
A Polícia Civil também divulgou dados da Operação Carnaval. Nos cinco dias de folia foram registrados 495 boletins de ocorrências, sendo 363 na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac/Centro) e 132 na Depac localizada no Centro Integrado de Polícia Especializada (Cepol).
Autos de prisão foram 51, sendo 31 na (Depac/Centro) e 20 na (Depac/Cepol). Mandados de prisão cumpridos totalizaram 13, sendo seis na (Depac/Centro) e sete na (Depac/Cepol), nesta última, ainda registrou quatro autos de apreensão de adolescentes.
Corpo de Bombeiros Militar
O Corpo de Bombeiros Militar também informou que entre o período de (21.2) a (26.2) de fevereiro contou com 220 militares na operação. O total de ocorrências atendidas chegou a 1.199, destas, 439 vítimas que precisaram de socorro em todo o Estado. Em Campo Grande, foram atendidas 286 ocorrências, sendo 152 vítimas socorridas. 85 militares participaram da operação na Capital.
Polícia Militar Ambiental
A Polícia Militar Ambiental encerrou hoje (26.2) às 12 horas a Operação Carnaval, que teve como foco principal a prevenção e repressão à pesca predatória. Durante operação, 12 pessoas foram autuadas por infrações ambientais, contra 16 autuados na operação de 2019. Em razão da pesca estar fechada, apenas duas pessoas foram autuadas por pesca predatória, diferentemente da operação do ano passado, quando, dos 16 autuados, 13 foram por pesca, sendo 6 (seis) presos por pesca predatória e 7 (sete) por pescar sem licença, o que não se constitui crime.
Foi aplicado o valor de R$ 118.570,00 em multas, valor 435% superior à operação passada, quando foram aplicados R$ 22.154,00. A diferença nos valores de multas é devido a algumas ocorrências com previsão de multas altas na norma legislativa, como por exemplo, um autuado por desmatamento, um por transporte de carvão, um por derramamento de carga perigosa e um por erosões. Na operação de 2019, quase todas as multas foram por pesca, que possui previsão de multas baixas.
Nesta operação foram soltos 28 kg de pescado que estavam vivos presos em petrechos proibidos. Os dois presos por pesca predatória não haviam capturado nenhum pescado. As ocorrências relativas à pesca não predominaram como na operação passada, porém, isso era esperado, haja vista, que no ano passado a pesca estava liberada e havia muita gente nos rios e, dessa forma, sempre alguns arriscam-se a cometer infrações. Foram dois autuados e 13 na operação de 2019.
Com relação aos petrechos ilegais, somente a quantidade de redes de pesca chamou a atenção. Houve a apreensão de 34 redes e somente nove em 2019. Isso deveu-se a uma apreensão na região de fronteira, quando foram retiradas 30 redes do rio Paraguai, medindo 900 metros.
Como em outras operações, outros crimes diferentes da pesca foram combatidos e prevenidos. Uma pessoa foi autuada por desmatamento, um por erosões, um por poluição, dois por manutenção de aves em cativeiro, um por transporte ilegal de madeira, um por posse de motosserra ilegal, um por carvoaria ilegal, além da apreensão de dois animais abatidos, rifles e munições.
Rodson Lima – da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
Foto: Arquivo Sejusp