Garantindo atenção à saúde bucal, detentas gestantes ou com filhos recém-nascidos, custodiadas no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ) participaram, este mês, de um mutirão de atendimentos odontológicos.
As internas receberam como profilaxia a aplicação de Flúor pelo odontólogo Ricardo da Silva Penteado e a técnica Esmeralda da Luz Ramos. Elas também ganharam um kit para manutenção da higiene bucal.
A ação integra o projeto “Livre Gestar-Maternar”, desenvolvido desde o início deste ano, que tem como foco desenvolver estratégia de cuidado e atenção à saúde das reeducandas que estão em período gestacional e lactantes.
A iniciativa busca promover práticas viáveis, sempre norteadas pelo cumprimento humanizado da pena. Os trabalhos envolvem desde questões de saúde e assistência jurídica, ao estímulo da autoestima nesse período tão complexo para a mulher.
O “Livre Gestar-Maternar” é organizado e coordenado pelas psicólogas do presídio Liléia Souza Leite e Maristela Leite Niz Ribeiro, e conta com o apoio e incentivo da diretora da unidade penal, Mari Jane Boleti Carrilho, e demais servidores.
Entre as providências realizadas, todas as reeducandas grávidas recebem acompanhamento de pré-natal na enfermaria da unidade, realizado pelo enfermeiro Luiz Henrique Teles Fernandes. Em casos de gestação classificada como Alto Risco é solicitado o encaminhamento para atendimentos com especialistas via SISREG/SESAU.
Uma das medidas adotadas pelo projeto foi o reforço no oferecimento de frutas e lanches para internas grávidas e puérperas, por meio da empresa terceirizada responsável pela alimentação servida no estabelecimento prisional, bem como melhorias estruturais no alojamento dessas internas pelo Setor de Manutenção.
Mensalmente, são distribuídos kits de lanches destinados às gestantes e mães com bebês na unidade, por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), com oferecimento de leite integral, bolachas, chá mate e produtos de higiene para o bebê. O projeto envolve ainda doações de kits pré-natal às detentas.
Keila Oliveira, Agepen