Dourados (MS) – Reeducandos da Penitenciária Estadual de Dourados (PED) receberam uma ação de triagem para detecção de tuberculose ativa, com realização de coleta em todos os pavilhões. No total, foram atendidos 926 custodiados.
A ação faz parte do projeto “Identificação Precoce da Tuberculose no Sistema Prisional do Estado do Mato Grosso do Sul”, realizado por meio de parceria entre o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e da Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen); Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os trabalhos são coordenados pelo pesquisador e médico infectologista Júlio Henrique Rosa Croda, e vêm sendo desenvolvidos em várias unidades prisionais do Estado.
Segundo o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a doença é considerada uma das maiores preocupações da saúde prisional em todo o Brasil, devido ao ambiente de confinamento e aglomeração nos presídios, o que aumenta o risco de contágio da doença. “Ações como essa são fundamentais em nossas unidades”, frisou.
Nesta ação de busca ativa, também foi realizada a aplicação de questionário para identificação de perfil epidemiológico de presos e de sintomáticos respiratórios. Houve a coleta de escarro logo após a aplicação do questionário. Com as coletas dos escarros, foram realizados dois tipos de exames: baciloscopia e cultura de escarro.
Segundo a enfermeira da PED, Andreia Carbone, as coletas de escarro foram realizadas este mês. Conforme ela, o exame denominado Cultura de escarro, que identifica a presença e crescimento do bacilo Mycobacterium Tuberculosisdemora 30 dias para ficar pronto. “Assim que os casos de tuberculose forem identificados, imediatamente a direção da Penitenciaria será informada e receberá os laudos para que sejam iniciados os primeiros atendimentos aos internos”, informou.
Estão sendo realizadas atividades como entrevistas e coleta de sangue para identificar doenças como sífilis, hepatites virais e HIV, além de testes para tuberculose ativa e latente, com coleta de escarro e teste de tuberculina.
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