Campo Grande (MS) – A criação de um Centro de Inteligência em Mato Grosso do Sul foi defendida pelo presidente da OAB/MS, Mansur Karmouche, durante a abertura do 2º Fórum Permanente de Segurança na Fronteira, no auditório da Ordem em Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (22.8). Ele elogiou a atuação das forças de segurança no Estado no combate à criminalidade e ressaltou a necessidade do Governo Federal dar maior atenção ao MS no que se refere a região de fronteira.
“Precisamos voltar os olhos para a segurança pública em Mato Grosso do Sul, pelo Governo Federal, porque o que passa por aqui é o que entra para o resto do país”, enfatizou Mansour Karmouche, referindo-se ao tráfico de drogas e armas e o contrabando. O presidente da OAB/MS enfatizou que não fosse a atuação das unidades de segurança do Estado, a sensação de insegurança seria muito maior. “As forças policiais têm feito um trabalho exemplar, a polícia de Mato Grosso do Sul e todas as outras forças daqui, como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal tem feito a sua parte de forma exemplar”, afirmou.
O evento prossegue durante todo o dia e será encerrado com palestra do secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, que representa o governador Reinaldo Azambuja. Videira fará uma explanação sobre como o desenvolvimento sustentável é uma importante ferramenta de gestão pública para combater a violência na fronteira.
Ao falar na abertura do Fórum, o secretário Antonio Carlos Videira destacou que a política de segurança pública na fronteira tem que tem o envolvimento, a participação de autoridades e da população das cidades dos países vizinhos. Nesse sentido, ele lembrou que o Governo do Estado já vem trabalhando nesse sentido. “Estivemos no final do mês passado em Assunção, compondo a equipe do governador, em visita da ministra Teresa Cristina (da Agricultura), em reunião com o presidente paraguaio e com a Senad, discutindo justamente estratégias para combater não somente o tráfico, mas também outros crimes dele derivados”, afirmou Videira.
Participam do Fórum também os representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Eduardo Maia Bettine, coordenador-Geral de Fronteiras e Mário Robson, coordenador do Arco Central da Coordenação-Geral de Fronteiras e Polícia Federal, o cônsul do Paraguai, Ricardo Caballero, o consultor da Organização das Nações Unidas (ONU), general Carlos Alberto Santos Cruz, superintendente Regional da Polícia Federal no MS, Cléo Mazzotti; superintendente da PRF no Estado, Luiz Alexandre Gomes da Silva, e o delegado da Receita Federal no MS, Edson Ishikawa.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, João Carlos Polidoro, falou na abertura sobre o problema do contrabando produtos pela fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia, citando como exemplo o cigarro. Ele disse, porém, que levantamento feito aponta que a lista de contrabando é muito maior, como cosméticos, medicamentos e eletrônicos.
O 2º Fórum Permanente de Segurança na Fronteira foi organizado pela Comissão de Segurança Pública da OAB/MS e Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, e conta com o apoio do Governo do Estado e diversas outras instituições.
Paulo Yafusso – Subsecretaria de Comunicação (Subcom) e Regiane Ribeiro, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
Foto: Gerson Walber/OAB-MS