Jateí (MS) – Está em fase final de construção no Estabelecimento Penal Feminino “Luiz Pereira da Silva”, em Jateí, um setor exclusivo para o desenvolvimento de cursos profissionalizantes e para abrigar oficinas de trabalho e sala de aula. A ação faz parte de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Associação Beneficente de Fátima, Vicentina e Jateí (Favteí).
O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, visitou a unidade prisional na semana passada, como parte do cronograma estabelecido quando tomou posse no dia 13 de abril. Jateí foi o oitavo município visitado, dos 18 onde a agência penitenciária possui estabelecimento prisional. A visita foi acompanhada pelos diretores de Operações, Reginaldo Régis, e de Assistência Penitenciária, Gilson Martins.
Além de verificar de perto as rotinas de trabalho e ações desenvolvidas no local, Stropa se reuniu no presídio com o juiz de Fátima do Sul, Bonifácio Hugo Rausch, que também reponde por Jateí, e foi o idealizador da criação da associação beneficente, o encontro contou com a participação do presidente da FAVTEÍ, Wilson Litter.
Com 72 m² de área, o novo setor do presídio está sendo construído com recursos da Favteí, por meio de doações e destinações de terceiros, com recursos e parcerias de entidades públicas e privadas. Conforme a direção do presídio, cerca de R$ 30 mil estão sendo investidos na obra.
A diretora da unidade prisional, Maria Lúcia de Souza, explica que o espaço servirá para realização de capacitações, eventos, trabalho laborterápico, atividades escolares etc., visando a melhoria comportamental e a reinserção social das internas. “Tínhamos dificuldade, principalmente, com a realização de cursos para nossas custodiadas por falta de um local apropriado; agora já estamos com vários projetos, inclusive já compramos até um lavatório de cabelo para os cursos de cabeleireiro que iremos promover aqui”, informa.
Para o diretor-presidente da Agepen, a parceria e empenho do Judiciário e da comunidade da região como um todo em oferecer mecanismo que possibilitem a reinserção social das apenadas é muito importante. “Essa obra, com certeza, irá possibilitar que ofereçamos maiores oportunidades de atividades produtivas que realmente contribuam para um cumprimento de pena mais digno, de forma também que possamos reinserir essas mulheres na sociedade de maneira que voltem a reincidir no crime”, disse.
A Favteí, segundo o juiz Bonifácio Hugo Rausch, não possui fins lucrativos ou econômicos, tem a finalidade de promover ações que visem o bem estar da sociedade de Fátima do Sul, de Vicentina e Jateí. “Dentre elas, a promoção da ética, cidadania e direitos humanos, incluindo os presos e internados, sempre ao encontro do interesse público e coletivo”, ressaltou.
Keila Oliveira – Agepen