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Em reconhecimento a projeto de ressocialização, biblioteca recebe nome de servidor aposentado da Agepen

  • 02 maio 2018
  • Categorias:Sistema Penitenciário
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Campo Grande (MS) – O projeto que une a reforma de escolas públicas à ressocialização de detentos acaba de entregar a nona obra e com ela uma homenagem especial a um dos precursores da iniciativa: o agente penitenciário aposentado Tarley Cândido Barbosa.

A nova biblioteca da EE Aracy Eudociak, no bairro Tijuca II, na Capital, recebeu o nome do servidor. Antes da chegada da reforma realizada pelo “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”,  a biblioteca dividia espaço com a sala de professores. Agora, com um novo ambiente aconchegante e acolhedor, incentiva a busca pelo conhecimento dos alunos e aumenta o tempo de contato com os livros.

A homenagem foi uma decisão conjunta entre a direção da escola e os servidores penitenciários responsáveis pela execução do projeto, com o aval da Secretaria de Estado de Educação (SED), como forma de reconhecimento pela história profissional do servidor aposentando, cuja iniciativa transcendeu os muros da prisão e hoje é referência nacional sobre ações desenvolvidas pelo sistema penitenciário.

Durante a inauguração da biblioteca, o juiz Albino Coimbra Neto fez questão de enaltecer a merecida homenagem, lembrando aos presentes que o projeto surgiu da parceria inicial dele com Tarley, o então diretor da Gameleira, e restou ao agente penitenciário executar o programa, reunindo dentro do presídio uma equipe, muitos sem capacitação, para tocar a reforma de uma instituição de ensino.

Fachada da biblioteca com o nome do agente penitenciário homenagedo. Foto: Divulgação

“Iniciamos o sonho juntos e o começo é sempre muito difícil e, aos que não tem familiaridade com o sistema prisional, não imaginam a dificuldade que é colocar esses presos que aqui estiveram para trabalhar: há uma série de barreiras e preconceitos que precisaram ser transpostos”, finalizou o juiz.

Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, projetos como esses que contribuem para a efetiva reintegração social dos detentos. “Essa é nossa principal missão, devolver pessoas com novos hábitos e valores, então agradeço ao empenho de todos os servidores e ao belo trabalho desenvolvido pelo Tarley, que hoje tem sido referência para outros estados”, parabenizou o dirigente.

Emoção e Agradecimento

Após 29 anos de profissão, emocionado com a inesperada homenagem, Tarley fez questão de recordar o início do “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”. Há quase uma década, quando ainda era diretor no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), ele e o juiz Albino Coimbra Neto realizaram uma parceria para fazer algumas reparações em um dos pavilhões da unidade, utilizando a mão de obra dos internos, com recursos provenientes do desconto de 10% do próprio trabalho prisional.

“O projeto foi bem visto pelo juiz Albino, inclusive reformamos o outro pavilhão do IPCG também nos mesmos moldes”, comentou  o agente aposentado. Foi a união entre a ocupação produtiva de detentos e a qualidade dos trabalhos, que se teve a ideia de expandir a iniciativa para beneficiar a sociedade.

Em 2013, já à frente do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, unidade de regime semiaberto, Tarley deu continuidade à proposta de ocupação prisional em obras,  e iniciou o projeto “Calçamento Social”, com a reforma das calçadas do Hospital São Julião, do Nosso Lar e da Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes).

Mas a intenção de toda a equipe de servidores que estava empenhada no projeto era de ir mais além. Foi aí que tiveram a ideia de reformar escolas públicas da capital. “No início, muitos não acreditaram que daria certo, tinham muito receio principalmente por se tratar de presos. Quando entregamos a primeira escola estadual no bairro Coophavilla 2, a Delmira Ramos dos Santos, deu início à fila de espera das unidades para receber a reforma também”, relembrou Tarley.

Agente penitenciário aposentado, Tarley Cândido Barbosa. Foto: Divulgação

Para o agente homenageado, o projeto acaba transcendendo a reforma estrutural em si e tem impacto direto também no sistema prisional. “Resgata a autoestima dos detentos, valoriza o trabalho deles, a participação da direção das unidades escolares, proporciona também mais confiança aos alunos na busca por um conhecimento melhor e ainda, faz com que os internos tenham sua remição de pena no devido valor, além de devolver algo bom à sociedade”, complementa o servidor.

Projeto de várias mãos

À frente do projeto por sete escolas consecutivas, o servidor aposentado só tem a agradecer o empenho e dedicação de todos que contribuíram e contribuem para que a iniciativa continue dando bons frutos. Ele ressaltou que muitos abdicaram de suas férias do meio e do final de ano para que o projeto tivesse continuidade, já que os trabalhos são desenvolvidos durante as férias escolares.

“Sou extremamente grato e lisonjeado por fazer parte dessa ação social, juntamente com toda a equipe de servidores, porque ninguém faz nada sozinho. O engajamento de todos foi fundamental para que tudo funcionasse bem. Confesso que fiquei realmente muito emocionado com essa homenagem da biblioteca, porque eu nem esperava isso, tudo que fiz foi com amor e dedicação”, agradeceu Tarley, afirmando que não esperava ser recompensado dessa maneira, principalmente ainda em vida.

Da satisfação pelo reconhecimento ao trabalho, não só dele mas de toda a equipe,  o servidor aposentado pontuou que o “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade” acabou  sendo reflexo da transformação que o sistema de regime semiaberto passou em Mato Grosso do Sul, e das pessoas que participaram da implantação do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira (CPAIG), em especial o também agente penitenciário aposentado Édis Villas Boas.

“Tínhamos uma situação caótica na antiga Colônia Penal Agrícola e com a nova unidade da Gameleira o Villas, então diretor, implantou, com bravura, um novo trabalho de disciplina, que serviu de base para que, na nossa gestão, pudéssemos fazer esse projeto acontecer”, enalteceu Tarley.

Ele destacou também que, a partir da quinta escola, o agente Sandro  Roberto dos Santos teve um papel fundamental no projeto. “Por ser construtor, deu um salto de qualidade muito significativo nas obras”, afirmou, enfatizando, ainda, a coragem do agente Adiel Rodrigues Barbosa, em dar continuidade à iniciativa, com excelência, quando assumiu a direção do CPAIG no ano passado.

Parceria de Sucesso

O “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade” é desenvolvido pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a Secretaria de Estado de Educação (SED) e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), por meio da 2ª Vara de Execução Penal da capital.

O projeto  já garantiu uma economia de mais de R$ 6 milhões aos cofres públicos, segundo o Tribunal de Justiça, já que as obras são custeadas pelos próprios internos, beneficiando centenas de professores e alunos da rede pública de ensino.

Desde 2014, o projeto já reformou nove escolas estaduais: Professora Brasilina Ferraz Mantero, Padre Mário Blandino, Professora Flavina Maria da Silva, Padre José Scampini, José Ferreira Barbosa, Professor Emygdio Campos Widal, Professora Alice Nunes Zampiere, Delmira Ramos dos Santos e Aracy Eudociak.

Texto: Tatyane Santinoni e Keila Oliveira da Agência de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)

 
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