Caarapó (MS) – Com peças artesanais a partir de R$ 12,00, o Estabelecimento Penal Masculino de Regime Fechado de Caarapó participará, nesta quinta-feira (6.2) a partir das 08h, da segunda exposição na feira realizada na praça central da cidade. Confeccionados pelas mãos dos reeducandos, os artesanatos são feitos grande parte em madeira e estão sendo exibidos na primeira e última quinta-feira de cada mês.
Com mais variedade de produtos, o projeto “Construindo a Liberdade” tem como objetivo oportunizar ocupação produtiva aos internos, além de aproximar a sociedade do trabalho que é desenvolvido dentro da unidade penal. Ao todo, oito reeducandos atuam no projeto e recebem o benefício da remição de um dia na pena a cada três trabalhados, conforme estabelecido pela legislação.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da direção do presídio, e a Prefeitura Municipal de Caarapó, que cedeu o espaço. Além disso, conta com o apoio do Poder Judiciário, Ministério Público e Conselho da Comunidade de Caarapó.
Dentre os produtos em madeira confeccionadas pelos reeducandos estão casinhas de bonecas, jogos de mesas e cadeiras, peças de utilidades domésticas, fruteiras, brinquedos, produtos para os pets, enfeites, entre outros. A renda arrecadada é voltada à aquisição de insumos e para ampliar a capacidade de produção do setor de artesanato do presídio; toda a prestação de contas é feita aos órgãos parceiros.
Conforme o diretor do presídio, João José Rauber, o sucesso da iniciativa é tanto que a comunidade local até encomenda alguns produtos. “As pessoas também ficam curiosas para saber quais tipos de peças serão exibidas a cada feira, então as expectativas são boas, todos os servidores da unidade estão empenhados e trabalhando para que a exposição ocorra da melhor forma possível”, destacou.
O Estabelecimento Penal Masculino de Regime Fechado de Caarapó foi assumido há mais dois anos e várias ações vêm sendo desenvolvidas, entre elas, a produção de hortaliças que são doadas à comunidade local; além de ações de saúde com os reeducandos e outras melhorias estruturais e de segurança.
Texto: Tatyane Santinoni.