Campo Grande (MS) – A segurança pública de Mato Grosso do Sul fecha o ano de 2019 com mais um número positivo: em 2019 houve queda de 57% no número de tentativas de trote para os números de emergência das forças de segurança do Estado: 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros Militar).
Dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) apontam que de 710.117 mil chamadas atendidas no período de janeiro a novembro, 6.171 foram de tentativas de trote, o que representa 0,9%. No comparativo com o ano de 2018, quando 2,1% do número total de chamadas (774.558 mil) eram tentativas de trote, constata-se uma queda de 57% no número de tentativas de trote.
Ao todo foram 10.390 tentativas de trotes a menos atendidas no período. Os elementos oferecidos pelo setor de estatística também apontam uma redução progressiva nos números com o passar dos anos, considerando que de 2017 para 2018, também houve diminuição 1,8%.
A ação, mesmo que registrada em menor número durante o ano, obstrui as linhas prejudicando os trabalhos e impedindo que o atendimento seja direcionado a quem de fato precisa dele. Historicamente, outra ação que trava as linhas de emergência, são as ligações para pedidos de informações diversas.
De acordo com o diretor do Ciops, delegado Marcos Takeshita, por serem números de fácil memorização, as pessoas ligam para pedir informação. Situação que também afasta o aparelhamento de segurança das ocorrências legítimas, comprometendo o serviço de segurança.
Apesar da redução, é importante haver consciência. O trote aos serviços de emergência é um crime previsto no Código Penal. Quando identificado, o autor é enquadrado no artigo nº 340 do Código Penal: falsa comunicação de crime ou de contravenção, cuja pena é detenção de um a seis meses ou multa. E as tentativas de trote são caracterizadas pelo art. 266.
A maioria das chamadas com intenção de trote são detectadas durante a conversa, pelas características típicas de comunicação e experiência dos atendentes. Conforme o Ciops, todos os telefones que realizam chamadas para o 190 ou 193, ficam registrados no sistema, e quando há necessidade é possível realizar investigação para responsabilizações.
Mireli Obando, Subsecretaria de Comunicação
Foto: Saul Schramm