Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que em 2017 82.684 pessoas desapareceram em todo o Brasil, o que representa um aumento de 15,16% em relação a 2016, quando 71.796 pessoas saíram de suas casas e não voltaram mais. Conforme os números, todos os dias 226 pessoas desaparecem no Brasil.
Em Mato Grosso do Sul é de 1.592 o número total de desaparecidos ao longo de 2018, o que dá uma média de mais de 4 desaparecidos por dia. Este ano, entre os meses de janeiro e outubro 1.246 pessoas desapareceram, em comparação ao mesmo período de 2018 houve uma queda de -5,6%.
Os desaparecimentos são classificados de três formas: voluntário (fuga do lar devido a desentendimentos familiares, violência doméstica ou outras formas de abuso dentro de casa), involuntário (afastamento do cotidiano por um evento sobre o qual não se possui controle, como acidentes ou desastres naturais) e forçado (sequestros realizados por civis ou agentes de Estados autoritários).
Especialista em localização de desaparecidos, a investigadora Maria Campos, da 5ª DP, já perdeu as contas de quantas pessoas ajudou a encontrar. Para ela, o imprescindível é falar a verdade no ato do registro do boletim de ocorrência. “A falta da verdade pode custar a vida da pessoa, principalmente em um estado de fronteira como o nosso”, alerta.
Outra importante dica do delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, João Reis Belo, é comunicar o fato a polícia o quanto antes. “A família não precisa esperar 24 horas ou mais para registrar o desaparecimento, quanto mais rápido o fato for comunicado, mais rápida poderá ser a localização do desaparecido”, garante.
Em Campo Grande há um setor de desaparecidos na Delegacia Especializada de Homicídios (DEH), que funciona no prédio do Cepol, no Tiradentes, mas o boletim de ocorrência pode ser registrado em qualquer delegacia. Saiba como proceder em caso de desaparecimento de pessoas apertando o play do vídeo com a entrevista do delegado João Reis Belo.