Após uma semana de combate aos focos de calor na região da Serra do Amolar, 20 bombeiros de Mato Grosso do Sul e do Paraná conseguiram controlar os incêndios que ameaçavam propagar pela morraria e no entorno da comunidade da Barra do São Lourenço, situada próxima ao Parque Nacional do Pantanal e da divisa do Estado com Mato Grosso.
Os bombeiros, no entanto, mantêm monitoramento durante 24h na área crítica, deslocando-se da base montada na sede da reserva Eliezer Batista por uma longa distância de 8 quilômetros, usando trator e quadriciclo e caminhando um trecho do acesso.
Com a linha negra (contrafogo) construída por três quilômetros, entre as baias Mandioré e Taquaral, o fogo em direção à serra foi contido, contudo outros focos surgiram em direção ao Sudoeste de Corumbá, chegando à fazenda Santa Tereza, onde, entre maio e junho, milhares de hectares foram queimados.
Neste ponto, o combate está sendo feito por brigadistas do Prevfogo e da propriedade, que fica localizada na fronteira com a Bolívia.
“O balanço que fazemos é que conseguimos êxito em nossas missões, primeiramente protegendo os ribeirinhos do fogo que se aproximou de suas casas, nas margens do Rio Paraguai, e na sequencia foram deslocados para o vale da Serra do Amolar, onde isolamos a área para que os incêndios não chegassem à serra”, disse o tenente Jonatas Lucena, do Corpo de Bombeiros de Corumbá. “Se o fogo atingisse a serra seria um desastre ainda maior. ”
No período da tarde desta quarta-feira, com a redução da fumaça, o helicóptero da Polícia Militar de Minas Gerais decolou do aeroporto internacional de Corumbá e realizou um sobrevoo na serra e seu entorno para reconhecimento.
O segundo helicóptero em operação, o do Ibama, conseguiu realizar lançamentos de água em focos que ainda ocorrem no Parque Nacional do Pantanal. O avião Air Tractor aguarda melhor visibilidade para operar.
A temperatura na região da Serra do Amolar atingiu 40 graus às 15h, com sensação térmica de 42 graus, e umidade relativa do ar em 22%. A fumaça se dissipou, já é possível enxergar a morraria, e a navegação de pequenas e grandes embarcações foi retomada.
Texto e fotos: Sílvio de Andrade