Campo Grande (MS) – Cerca de 70% das obras de revitalização da 4ª Delegacia de Polícia Civil, localizada no Bairro Moreninha II, em Campo Grande, já foram concluídas. A reforma que teve início no mês de outubro do ano passado trata-se do primeiro prédio contemplado pelo projeto “Mãos que Constroem”, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) e o Conselho da Comunidade de Campo Grande, que utiliza mão de obra de 10 internos dos regimes aberto e semiaberto do sistema prisional da Capital, nas especialidades de pedreiro, pintor, eletricista, encanador e ajudante geral.
Conforme o coordenador de Engenharia e Projetos da Sejusp, arquiteto Fábio Alex Correa, já foram executadas as obras do bloco da carceragem, com a realização dos serviços de calçadas, serralheria, elétrica, hidráulica e pintura de grades e celas. “Agora estamos concluindo as melhorias que estão sendo feitas na infraestrutura do setor administrativo e da parte externa da delegacia. A previsão para conclusão é para o mês de fevereiro”, destacou o coordenador.
Orçada em R$ 123,4 mil, a obra da delegacia contempla parte de alvenaria, hidráulica, elétrica, pintura e calçamento. Pelo projeto, o Governo do Estado economiza até 75% em comparação ao modelo tradicional, via licitação. “A nossa reforma segue a todo vapor, o que significa que o nosso projeto começou muito bem, e conta com o comprometimento dos internos que estão desenvolvendo esse trabalho”, destacou o secretário José Carlos Barbosa.
O secretário também falou que já está sendo planejada a formação de outra equipe de detentos, que será responsável pela reforma de uma unidade da Polícia Militar a ser definida. Além de recuperar os prédios públicos, o projeto também contribui com a ressocialização e diminuição da pena. Por esse convênio os trabalhos são executados em menor tempo. Uma obra que seguindo o cronograma demoraria oito meses, por exemplo, será concluída em, no máximo, quatro meses.
Diferente do modelo adotado para a reforma dos prédios escolares – onde todo o trabalho é custeado com recursos do fundo arrecadado pelo desconto de 10% do salário de cada preso da Capital que trabalha em convênios firmados com o poder público ou iniciativa privada – no projeto “Mãos que Constroem”, o Governo do Estado conta apenas com a utilização da mão de obra prisional, autorizada pela 2ª Vara de Execução Penal.
Regiane Ribeiro Assecom/Sejusp
Fotos: João Garrigó