Bombeiros de Corumbá, Aquidauana e Jardim se deslocaram nesta quarta-feira, de barco, para a área de concentração de focos de calor na região entre a Serra do Amolar e o Parque Nacional do Pantanal, na divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Os incêndios florestais, depois de extintos no começo de outubro, reacenderam devido ao baixo índice de chuvas previstas para o período. Os focos estão localizados nas matas ciliares dos rios Paraguai e Cuiabá, que margeiam o parque de 138 mil hectares, na reserva Acurizal e em direção da Ilha Ínsua, área demarcada dos índios guató, na fronteira com a Bolívia.
O fogo está sendo combatido por brigadistas da unidade do Prevfogo do Ibama em Corumbá e por funcionários das organizações não-governamentais (ONGs) que gerenciam unidades de conservação. O grupo de bombeiros, formado por dez homens, percorrerá cerca de 300 km de barco, em sete anos, para chegar a área crítica.
Pouca chuva
“Vamos reavaliar a situação, com sobrevoos e levantamentos de campo, para em caso de necessidade de reforçar o combate com o apoio inclusive aéreo”, informou o coordenador da operação, tenente-coronel bombeiro Luciano Alencar, comandante do grupamento do CB/MS em Corumbá.
Segundo as ONGs que atuam na região, o fogo se alastra há mais de uma semana no sentido Norte e Noroeste, entre Corumbá e Poconé (MT). Alguns focos de calor foram provocados por raios que ocorrem em grande incidência na morraria.
Foram registradas fortes chuvas no entorno da Serra do Amolar, contudo insuficientes para garantir umidade nas áreas castigadas pela seca extrema deste ano no bioma. Segundo previsões meteorológicas, as precipitações em novembro devem se concentrar na região Norte do Estado.
Texto e fotos: Sílvio de Andrade