Campo Grande (MS) – Criado pela Lei 13614, de 11 de janeiro de 2018, o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) está sendo construído com base em audiências públicas realizadas em todo o Brasil, e nesta quinta-feira (5.7) foi à vez de Mato Grosso do Sul realizar o seu debate.
O evento promovido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), é uma oportunidade dos gestores municipais de trânsito, educadores e membros da Juntas Administrativas de Recursos de Infrações (JARI) e dos representantes dos 57 municípios integrados ao Sistema Nacional de Trânsito, se manifestem com sugestões para aprimorar as metas que foram elaboradas pelo Cetran que deverão ser incluídas no Pnatrans, para que ao final do prazo de dez anos, ocorra uma redução de 50%, no índice de mortos no trânsito em relação ao número de habitantes e quantidade de veículos.
Na oportunidade o secretário da Sejusp, Antonio Carlos Videira, disse que o compromisso secretaria com base em seu contrato de gestão é reduzir o índice de criminalidade, incluindo o homicídio doloso no trânsito. “Quando nós investimos em ações de educação no trânsito, capacitação dos servidores, e conta com a participação efetiva dos municípios, isso possibilita além de reduzir custos futuros com vítimas de acidentes, nós preservamos vidas que é o nosso principal objetivo”, pontuou o secretário.
Em sua fala o diretor-presidente do Detran, Roberto Hashioka, pontuou que os acidentes de trânsito não escolhem classes sociais. “Em Mato Grosso do Sul o governo tem buscado melhorar as condições do trânsito com a realização de obras e restauração asfáltica. Mas devemos ter em mente que os acidentes não dependem apenas das vias recuperadas e sim da correta condução dos veículos. Infelizmente 90% dos acidentes ocorrem por conta de imprudência, imperícia ou desatenção. O Detran está agora preocupado com a formação dos novos condutores, a fim de evitar tantos acidentes”.
O Brasil gasta por ano R$ 56 bilhões com acidentes de trânsito, segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). De acordo com a presidente do Cetran, Regina Maria Duarte, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o país ocupa a quarta colocação em número de mortes nas Américas, ficando atrás apenas da República Dominicana, Belize e Venezuela. “Temos várias metas e desafios até implantação do Pnatrans. Acreditamos que com isso os gestores públicos e privados serão reconhecidos, potencializando as ações redução de mortes no trânsito”, ressaltou a dirigente do Conselho.
Foto: Edson Ribeiro