Com o advento da pandemia do novo coronavírus, o cuidado com a saúde dos policiais penais tem sido uma preocupação constante da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), que tem implantado medidas preventivas e de acompanhamento sistêmico, por meio de atuação intensa do seu Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e do Núcleo de Atenção Psicossocial ao Servidor.
Até o dia 03 de setembro, foram registrados 158 casos de coronavírus entre os servidores da Agepen, dos quais cerca de 80% já se encontram recuperados. O protocolo adotado segue orientações da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e tem como objetivo oferecer suporte aos profissionais de segurança pública.
Conforme a chefe do Núcleo de Atenção Psicossocial ao Servidor da Agepen, Maria Roseneusa dos Santos Oliveira, caso algum profissional apresente sintomas gripais é afastado preventivamente pelo período de até 14 dias e encaminhado para a realização do exame, bem como, acompanhamento médico. Em caso de necessidade de isolamento, o servidor deve assinar o termo de responsabilidade para Isolamento Domiciliar, declarando ciência de todas as recomendações a serem seguidas, inclusive referente às penalidades legais previstas a que está sujeito em caso de descumprimento da medida. A declaração deve ser preenchida e encaminhada à chefia imediata.
“Por isso é necessário que a chefia seja avisada de imediato para que as medidas de contenção sejam ainda mais efetivas. Realizamos também o acompanhamento do servidor durante o tratamento, onde orientamos para a realização do teste, assim como, de quem teve contato direto com o servidor, ainda que estejam assintomáticos”, acentua.
Importante destacar que todos os profissionais são orientados referente às medidas de prevenção, bem como, são fornecidos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Aferição de temperatura é realizada na entrada de todas as unidades da Agepen no Estado, e são fornecidos materiais para higienização das mãos.
Dentre as recomendações aos profissionais de segurança pública está o retorno imediato ao trabalho, em caso de teste negativo e sem apresentar sintomas, o mesmo protocolo vale para os que já cumpriram o período de quarentena e não apresentam sintomas ou que o teste indicou que já está curado da doença.
A partir das reuniões, o Comitê da Agepen também elaborou um documento com recomendações importantes com proposição de estratégias e alternativas para desenvolvimento de um plano de ação diante da situação de pandemia causada pela Covid-19 e os graves riscos à saúde pública a que os servidores e custodiados estão expostos. Esse documento e outros de normativas referentes ao assunto estão disponíveis no site da Agepen, botão Downloads (clique aqui).
Já nos casos apenas suspeitos e assintomáticos, quando houve contato direto com alguém infectado, o servidor é monitorado pela chefia imediata e pelo Núcleo de Atenção Psicossocial ao Servidor. No oitavo dia, o profissional passa pelo teste rápido; se apresentar sintomas antes do teste é imediatamente afastado.
“É muito importante que o servidor esteja atento aos sintomas, e que a chefia da unidade também busque esse controle sistemático para que possamos identificar casos e realizar o afastamento e acompanhamento necessários”, ressalta Roseneusa.
A chefe do Núcleo de Atenção ao Servidor pontua que o foco tem sempre que ser a prevenção, com a utilização de equipamentos de proteção, higienização constante das mãos e não compartilhamento de objetos. Segundo ela são hábitos que precisam ser rotineiros não só dentro do ambiente de trabalho, mas em todos os lugares que os servidores circulam, evitando também participar de aglomerações.
Keila Oliveira e Tatyane Santinoni, Agepen
Fotos: Keila Oliveira