A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) iniciou, nesta terça-feira (3), mais um Curso de Armamento e Tiro, Vigilância e Escolta (CAVE). Em sua quinta edição, a capacitação está sendo ministrada na cidade de Naviraí e conta com a participação de 50 policiais penais do município e da cidade de Bataguassu.
Presente na abertura do CAVE, o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, ressaltou que o curso representa o processo de evolução que a carreira penitenciária está conquistando em Mato Grosso do Sul.
“Mas isso traz também maior responsabilidade e comprometimento para que possamos realizar nosso trabalho ainda melhor. Hoje os senhores, alguns com 20 anos de carreira, outros que estão entrando agora, estão sendo capacitados em mais essa frente.”, destacou, citando o processo de transformação da carreira de agente penitenciário em policiais penais. “A tendência é que todos os serviços voltados ao sistema penitenciário sejam realizados pelos senhores, então precisamos estar preparados”, complementou.
O dirigente reforçou ainda o alto nível técnico de equipe de professores do Comando de Operações Penitenciárias (COPE) e destacou que a Agepen está em preparação também para a realização do Curso de Intervenção Prisional e Escolta (CIPE), que qualifica os servidores a comporem a equipe do Comando.
Sob coordenação da Escola Penitenciária (Essen), o CAVE está sendo ministrado por instrutores que compõem o Comando de Operações Penitenciárias (Cope), além do bombeiro Canário, cedido pela corporação para atuar nas instruções.
Com carga horária de 40 horas, as aulas se dividiram em atividades teóricas e práticas que capacitam os servidores a manusear, bem como, entender o mecanismo, tipos, classificação e o funcionamento das armas de fogo; aplicar e entender as regras de segurança e a legislação; fundamentos e posições de tiro policial e tipos de munições.
Os alunos também serão capacitados a conhecer o funcionamento e filosofia da escolta a pé e embarcado, entender o posicionamento e função de cada membro da equipe na escolta, estabelecer critérios de vigilância e segurança nas muralhas das unidades prisionais, bem como os aspectos éticos e legais inerentes tanto à escolta prisional quanto à vigilância de muralhas.
Em discurso, o comandante do COPE e um dos Instrutores do CAVE, João Bosco Correia, salientou a qualidade das instruções que serão repassadas e a necessidade de empenho por parte dos participantes.
“Estamos assumindo algumas funções que são inerentes ao nosso trabalho, e estamos administrando isso; o COPE foi o primeiro, criado em 2017, hoje temos na Penitenciária da Gameleira todos os serviços de muralha e escolta hospitalar sendo feitos, e isso não é fácil, requer muito esforço para fazer as coisas de maneira adequada; sabemos que é difícil parar para participar de um curso, muitas vezes deixar a sua cidade, mas isso ajuda a termos uma instituição diferente, mais forte e evoluída”, afirmou.
Para que os servidores pudessem participar do curso, a Agepen removeu policiais penais de Campo Grande para cobrir os serviços na penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí (Pnad). “A compreensão da diretoria da Agepn da nossa necessidade de manter os serviços no presídio, e isso demonstra um esforço coletivo”, agradeceu o diretor Rogério Capote. “Nós aqui em Naviraí já crescemos muito do lado de dentro com o nosso trabalho, agora cresceremos também do lado de fora, fazendo vigilância, fazendo escolta, e isso contribuirá para o crescimento de toda a instituição”, acrescentou.
Segundo o diretor da Essen, Vilson Guedes, a realização do CAVE em regionais é um compromisso assumido pela agência penitenciária para poder promover capacitação a maior número de servidores, sendo os três primeiros realizados na Capital, o quarto em Três Lagoas e agora o quinto em Naviraí, necessitando de todo um trabalho de logística e somatório de forças. “O conhecimento é o maior valor que podemos adquirir, e hoje temos instrutores da carreira que, sempre que chamados, estão dispostos a contribuir, esperamos que, no futuro, os alunos que estão aqui hoje possam ser multiplicadores de conhecimento”, discursou.
Para a realização do CAVE em Naviraí, a Agepen contou com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional, por meio da Penitenciária Federal de Campo Grande; Clube de Caça, Pesca e Tiro, Associação Comercial e Empresarial de Naviraí e Associação de Cabos e Soldados da Policia Militar. Após a conclusão do curso, os alunos ainda passarão por avaliação psicotécnica.
Via: Tatyane Santinoni, Agepen
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