Campo Grande (MS) – Um homem de 53 anos foi multado em R$ 24,7 mil pela Polícia Militar Ambiental (PMA) por crime de desmatamento ilegal em uma propriedade rural de Miranda. Com o fazendeiro, os militares ainda encontraram um rifle com mira telescópica e com a numeração raspada, que foi apreendido.
A ação dos militares de Miranda foi realizada na última terça-feira (20), na propriedade que fica a 26 quilômetros da cidade. Segundo a PMA, o homem foi flagrado em um barraco de lona em meio a mata, com o rifle calibre 22 semiautomático com numeração raspada, equipado com mira telescópica e municiado, tendo mais munições sobressalentes, totalizando 49, escondidos entre cobertores sobre uma cama.
O dono da arma, que estava no barraco, recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Miranda, juntamente com o rifle e munições apreendidas, onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma na quarta-feira (21) pela manhã. A pena é de quatro a dois anos de reclusão para o porte ilegal, porém, é agravada para pena de três a seis anos de reclusão, em razão da raspagem da numeração de identificação.
A PMA só conseguiu conduzir o criminoso, que executava serviço na fazenda, quando clareou o dia (21), em razão de também ter encontrado crime ambiental na propriedade. O proprietário, de 53 anos, residente no centro de Dourados, havia realizado um desmatamento ilegal de 2 hectares de vegetação nativa, predominantemente de buritis (Mauritia flexuosa), além do corte e derrubada de árvores das espécies angico, canafístula, figueirinha, ipê e tarumã em área de “vereda”, que é de preservação permanente – APP (áreas úmidas, brejoso, várzea de inundação – “vereda”).
O desmatamento era realizado com uso de duas máquinas de grande porte. No local, também havia um motosserra ilegal. Foram apreendidos: uma máquina tipo escavadeira de esteira, uma máquina pá-carregadeira e um moto serra.
As atividades foram interditadas e o fazendeiro foi encaminhado, juntamente com o material apreendido, a Delegacia de Polícia Civil de Miranda. Ele responderá por crime de destruir área de preservação permanente, que prevê pena de um a três anos de detenção.
Assessoria de Comunicação da PMA.