Em megaoperação, Agepen transfere presos e isola líderes de facção criminosa

  • Publicado em 09 set 2016 • por •

  • Campo Grande (MS) – Uma megaoperação foi realizada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), nesta quinta-feira (8), com o objetivo de desarticular a ação de facções criminosas em presídios do Mato Grosso do Sul.

    Coordenada pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a ação envolveu a transferência de 54 presos entre unidades prisionais do Estado e para o Presídio Federal, além de uma operação pente-fino na Penitenciária Estadual de Dourados (PED).

    De acordo com o diretor de Operações da Agepen, Reginaldo Francisco Régis, foram transferidos detentos de unidades de Campo Grande, Naviraí e Dourados, conforme o grau de periculosidade e articulação. “E os presos que identificamos como lideranças altamente negativas foram levados ao Presídio Federal”, informou Régis, sem detalhar o quantitativo, “por questões de segurança”.

    Os trabalhos contaram com o apoio das polícias Federal, Civil e Militar, e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), e foram monitorados pela Superintendência de Inteligência da Sejusp e pela Gerência de inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp).

    A operação pente-fino, na PED, foi realizada no Raio 2, ala B, que abriga os presos de maior periculosidade da penitenciária. A ação ocorreu   durante o período da manhã, com a participação de cerca de 70 servidores penitenciários. Os trabalhos contaram com o apoio de 50 policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que atuaram na contenção dos presos para que os agentes pudessem realizar as revistas nas celas.

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    Relatório apresentado pela direção da penitenciária aponta que foram apreendidas 61 armas artesanais (entre facas, chuços e vergalhões), feitas, principalmente, a partir de ferros retirados das camas. Também foram encontrados pelos servidores da Agepen 23 celulares, 4 litros de bebida artesanal (produzida com restos de comida), 10 carregadores, 8 carcaças de celular, 23 peças de celular sobressalentes, 6 baterias avulsas, 3 cachimbos, 4 chips soltos e várias porções de drogas.

    Segundo o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a operação foi necessária para isolar lideranças negativas e contribuir para a desarticulação do crime organizado no Estado.

    Keila Oliveira

    Categorias :

    Sistema Penitenciário

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