Bombeiros de Mato Grosso do Sul e do Paraná resgataram sete ribeirinhos que vivem na região da Serra do Amolar, Pantanal ao Norte de Corumbá, durante combate a um grande incêndio florestal que ocorre na região desde segunda-feira (21). O forte vento deslocou o fogo em direção à comunidade ribeirinha da Serra Negra, situada ao lado da reserva Novos Dourados, e a pronta ação dos bombeiros conseguiu retirar as pessoas, algumas idosas.
A região do Amolar, situada na divisa com Mato Grosso, concentra atualmente os focos de calor em Mato Grosso do Sul. Os incêndios ocorrem nas margens do Rio Paraguai, entre a serra e a comunidade da Barra do São Lourenço, situada no limite com o Parque Nacional do Pantanal. Os bombeiros – seis do Paraná e de Mato Grosso do Sul – percorreram de barco mais de 200 quilômetros, a partir de Corumbá, para chegar à área atingida pelo fogo.
A operação, iniciada na tarde de segunda-feira (21), é coordenada pelo tenente paranaense Pedro Rocha de Faria. Ele informou que a situação estava sem controle: “o fogo avançou sobre as casas, com o vento forte espalhando fagulhas e contribuindo para que as chamas cruzassem o rio, apesar de sua largura”. Na noite de segunda-feira, o risco de atingir as casas foi eliminado com trabalho de aceiro e resfriamento da área com uso de motobombas.
Combate terá reforço
Segundo relatos do tenente, foram resgatadas sete pessoas de três casas, durante a noite, e levadas para a escola municipal que funciona na comunidade da Barra do São Lourenço, rio acima. “Algumas as pessoas não queriam sair de suas casas, mas o risco iminente de o fogo atingir as casas as obrigou a procurar abrigo, retornando depois que conseguimos debelaras chamas”, explicou. “O vento muda constantemente a direção do fogo.”
A tenente paranaense Luisiana Guimarães segue amanhã para a região com mais uma equipe de sete bombeiros para reforçar o combate aos incêndios, que continuam se propagando na região. Os bombeiros que se encontram no Amolar estiveram na frente do fogo nesta terça-feira, quando resgataram uma senhora e seu filho que vivem na beira do Rio Paraguai. A viagem de barco de Corumbá à região dura cerca de seis horas devido a sinuosidade do rio.
Texto: Sílvio de Andrade
Fotos: Divulgação/CB