O combate à criminalidade na região de fronteira do Brasil com o Paraguai foi tema da entrevista concedida pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, no domingo (17), à Globo News.
Sobre os recentes assassinatos incluindo a morte de um vereador de Ponta Porã e o combate ao crime na fronteira, o secretário destacou que os trabalhos estão ininterruptos em sintonia com a polícia paraguaia. “É imprescindível a união e a integração para o enfrentamento à essa onda de crime em Pedro Juan Caballero. Nós tivemos em Ponta Porã a morte de um vereador, a Delegacia Especializada de Homicídios assumiu essa investigação, mas nós estamos reforçando o policiamento em toda a nossa linha de fronteira”, afirmou.
Na oportunidade, Antonio Carlos Videira citou o Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública Regional Centro-Oeste (CIISPR-CO) – recém instalado em Mato Grosso do Sul para conectar o trabalho policial do Centro-Oeste com as outras regiões do Brasil. “O centro está subsidiando os tomadores de decisão os gestores todos para as ações que estão sendo desencadeadas na nossa linha de fronteira. As ações buscam robustecer o policiamento na nossa linha de fronteira para que a polícia paraguaia possa reprimir esse crime e esses criminosos, que esses envolvidos não adentrem o território brasileiro”, afirmou.
Os bons números de Mato Grosso do Sul no combate à criminalidade também foram levantados pelo secretário como a pesquisa do Instituto Sou da Paz que classificou o Estado como o que mais esclarece homicídios no Brasil, além do grande volume de apreensão de drogas que, até setembro desse ano, mais de 570t de entorpecentes já foram apreendidos no Estado, porém, o titular da Sejusp destaca que existe uma carência de ações no lado paraguaio. “As forças estaduais já vem trabalhando há muito tempo com uma política de enfrentamento aos crimes de fronteira, porém, temos uma carência de ações dentro do território paraguaio”, disse.
O secretário concluiu a entrevista destacando a importância das ações de combate ao tráfico de drogas como as edições da Operação Aliança que une Brasil e Paraguai. “Quando você ataca o tráfico de drogas você também consegue reprimir crimes assessórios como os homicídios”, afirmou.
Joilson Francelino, Sejusp